Faltavam vinte minutos para o fim do treino. Com uma minissaia “Deus nos acuda”, salto alto e um top minúsculo, uma moça subiu na lata de lixo para, enfim, pular o muro que separava a rua do campo de futebol de um famoso clube carioca. Desequilibrou-se. Quase se machucou. O treino foi interrompido.
Parece cena de Suellen, a personagem de Isis Valverde em “Avenida Brasil”. Mas o episódio aconteceu de verdade. Renata Frisson, que hoje é a cantora de funk MulherMelão, conta que dos “16 aos vinte e poucos” foi uma autêntica maria-chuteira. Tanto que a ficção se misturou com a realidade. “Invadia os treinos para causar tumulto, chamar a atenção dos jogadores. Sempre gostei disso. Mas não me interessava o cara que estava começando, mirava nos artilheiros com potencial de ir para a Eurocopa”, diverte-se ela, relembrando passagens de seu passado. Só não entra em detalhes sobre times, jogadores ou qualquer pista que possa levar ao nome das “vítimas”.
A catarinense Renata mora há dois anos num flat no anexo do Sheraton Barra Hotel & Suites, que diz manter sozinha, sem ajuda financeira de ninguém. O aluguel mensal não sai por menos de R$ 3,5 mil. Em baixa temporada. A entrevista não podia acontecer em local mais apropriado. No restaurante do hotel, tendo nas mesas ao redor dirigentes e jogadores do Boca Juniors, hospedados no Rio para uma partida pela Copa Libertadores, contra o Fluminense.
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